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05 principais sinais de que uma pessoa pode ser um devedor compulsivo

De fato, você ou alguém que você conhece pode ser um devedor compulsivo, sem saber. Você já teve uma vontade incontrolável de gastar mais do que devia? Sim? Então saiba que você pode estar sofrendo de um tipo de transtorno chamado de “endividamento compulsivo”.

Um devedor compulsivo geralmente é atraído pela ideia de consumo. Parte dessa “necessidade” de comprar ou gastar é influenciada pela sociedade consumidora em que vivemos. Ela nos induz a ter uma satisfação em adquirir coisas.








Essa satisfação não apenas leva a compulsão. Normalmente, há outras causas que levam alguém a tornar-se um devedor compulsivo, como:


· Traumas psicoemocionais;

· Depressão;

· Ansiedade;

· Falta de ânimo;

· Tristeza;

· Problemas financeiros;

· Outros transtornos.


Um devedor compulsivo poderá relatar, por exemplo, que quanto mais se tem/ganha, mais gastos ele fará. O transtorno ou síndrome do endividamento compulsivo é considerado como uma doença, e que tende a tornar-se progressiva se não tratada.

É importante ressaltar que entre o desafio de se reconhecer como devedor compulsivo, a pessoa ainda terá de enfrentar um outro problema, talvez maior: o preconceito social. O devedor compulsivo é aquela pessoa em que é geralmente mal vista no mercado, no comércio, no trabalho e até dentro da família.

É muito difícil explicar para a sociedade que um devedor compulsivo é uma pessoa que possui um transtorno e que merece uma atenção cuidadosa. Como devedores compulsivos, eles não se enquadram nos padrões “normais” de consumo e gasto que a sociedade estabelece. Assim, são vistos como “desregrados”, “malandros”, “caloteiros” e etc.

Em vista desse preconceito, muitos devedores compulsivos se veem em situações de risco. Muitos podem perder bens, por não conseguirem controlar seus gastos, indo diretamente à falência, com dívidas enormes, podendo acarretar perda de empregos e até de moradia.

Quando nos deparamos com um devedor compulsivo, percebemos seus sinais pelas perdas e decadências principalmente.


Conheça 05 dos principais sinais de que uma pode ser um devedor compulsivo:


1. Perdas salariais: São praticamente engolidos pelas dívidas e gastos compulsivos. O descontrole das contas evidencia o problema e afeta drasticamente a sua situação financeira, fazendo a pessoa tomar mais empréstimos, e criando enormes dívidas.

2. Baixa auto estima: Perda do respeito próprio e processo de culpa pelo descontrole nos gastos gera baixa autoestima. Comprar pode dar prazer momentâneo. Assim, fazer compras compulsivas ao passar na frente das vitrines é uma forma de elevar a autoestima, momentaneamente. E similar a adicção, o devedor compulsivo sente cada vez mais necessidade de comprar, de modo a buscar essa forma de compensação.

3. Perdas sociais: Um devedor compulsivo geralmente sofre preconceito em relação à sua situação, chegando até mesmo a perder a amizade e até relacionamentos familiares. Além disso, a falta de compromisso é outro sinal indicativo. Às vezes, rompe laços sociais pelo fato de não conseguir cumprir com o que foi emprestado dando-lhe a impressão de falta de compromisso.

4. Problemas psicológicos e emocionais: Falta de interesse na vida, ideias de suicídio, desespero, tristeza e depressão são algumas das consequências do endividamento compulsivo. Gastar mais do que se ganha caracteriza um certo tipo de descontrole emocional específico, da mesma forma que pessoas viciadas em jogo, substâncias químicas ou por comida. Ou seja, o endividamento compulsivo pode ser o sintoma de um problema maior e mais profundo. E sem tratamento adequado, ele irá piorar e poderá gerar ainda mais problemas em comorbidade.

5. Perda do autocontrole: O fato de não conseguir poupar dinheiro remete à falta de organização pessoal e a inabilidade de conduzir a administração dos gastos. Não planejar pagamentos faz previsível a ocorrência de débitos das contas. O endividamento compulsivo não é apenas um problema financeiro, mas sim uma doença. Da mesma forma que a pessoa que tem compulsão alimentar, o devedor compulsivo se caracteriza pela ideia de compensar pelo consumo, problemas emocionais e psicológicos internos. A questão é que essa compulsão consumista não irá satisfazer essa necessidade real da pessoa.


A dificuldade de lidar com o próprio dinheiro, a incapacidade de poupar e o endividamento permanente são, em geral, consequências da ausência de um planejamento financeiro. Mas em alguns casos, entretanto, esses traços podem ser indícios de um grave problema de saúde.

O Transtorno do Comprar Compulsivo – TCC, também conhecida por “oniomania”, é uma síndrome psiquiátrica que foi diagnosticada pela primeira vez no início do século XX.

O comprador compulsivo ocupa muitas horas semanais rodando as vitrines das lojas, ou passa horas semanais visitando sites de lojas virtuais na internet, procurando e pagando por produtos que não vai usar ou, no mínimo, pensando freneticamente no prazer da obtenção de bens. E, nessa rotina, não encontra uma forma de parar de comprar.

Para conseguir parar de comprar compulsivamente, é preciso saber diferenciar satisfação natural de comprar e compulsão por compras.

Estudos mostram que existe, de fato, prazer em adquirir bens que preencham nossas necessidades ou sonhos em função da liberação de endorfina. Esse sentimento é normal desde que esteja dentro de um juízo mínimo de realidade.

Na compulsão por compras, por outro lado, a aquisição não gera esse bem-estar de forma saudável. Trata-se apenas de um ímpeto desenfreado de posse, sem qualquer objetivo real e que, geralmente, é seguido de sentimento de culpa.

Essa obsessão consumista resulta em uma verdadeira bola de neve de problemas. Começa, evidentemente, com a destruição das finanças pessoais do indivíduo, seguida de desequilíbrios em diversos âmbitos da sua vida, como familiar e profissional.

Ela costuma vir atrelada a outras doenças e pode associar-se facilmente a dependências, como a de jogos ou comida. A relação entre saúde mental e finanças é, portanto, bastante próxima.

É importante ressaltar que os indivíduos irresponsáveis no manuseio de seu dinheiro não são necessariamente compulsivos. A compulsão envolve sintomas contínuos e mais profundos, que paralisam a vida de quem sofre da doença e o retira do convívio social — dado que a pessoa passa quase a totalidade de seu tempo idealizando o consumo ou comprando, efetivamente.


Conheça 06 sintomas de compulsão por compras:


1. Descontrole financeiro durante as compras: Há pesquisas que sinalizam que a compulsão por compras atinge 3% dos brasileiros. E um dos sintomas mais comuns é também uma consequência do ímpeto desenfreado do consumo: a demolição completa de sua vida financeira. Em uma era de apelo exagerado ao “ter”, são diversos os meios que um obsessivo por compras pode usar para se enrolar financeiramente, seja pagando o mínimo do cartão, ou aderindo ao cheque especial com juros ao ano, altíssimos e contratando crediários e etc. São muitas as armadilhas de crédito oferecidas pelo sistema financeiro. Há alguns devedores que, no desespero em conseguir mais crédito para continuar consumindo, realizam até mesmo empréstimos com garantia de imóvel, ocasionando a perda do bem.

2. Hábito de comprar escondido de familiares: O comprador compulsivo não tarda a mentir, comprar escondido e ocultar objetos pela casa. O receio da censura e a necessidade permanente de adotar uma postura que se sabe ser socialmente reprovável explicam esse comportamento.

3. Desejo insaciável ligado ao consumo: A pessoa compra sapatos que nem sequer servem, compra roupas que depois nem se lembra e adquire acessórios que se multiplicam exponencialmente pela casa. Quem tem compulsão por compras faz do cartão de crédito uma verdadeira arma. É preciso estar atento a esse descontrole.

4. Extrema ansiedade e transtorno de humor em longos períodos sem consumo: A irritabilidade durante períodos de “abstinência” é uma das principais manifestações clínicas ligadas a essa patologia. Essa semelhança com a dependência do uso de substâncias químicas justifica o surgimento de diversos grupos de “devedores anônimos” pelo mundo. As perturbações emocionais decorrentes desse desequilíbrio, bem como a autoconfiança ilusória de que tudo ficará em ordem são fatores que acabam por conduzir os diagnosticados ao desespero, à perda de autoestima e até a consequências mais graves.

5. Aumento do desejo de comprar ao sentir-se triste e sob pressão: Há estudos da área médica que mostram uma correlação íntima entre o comprar compulsivo com o transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno afetivo bipolar. Além disso, a soma de patologias psíquicas com distorções conceituais do ato de consumir (usado como estratégia para lidar com frustrações) ajudam a fazer com que o compulsivo construa um certo apego emocional e suposta segurança através da compra.

6. Sensação de frustração e fracasso após a efetivação de uma compra: A consequência dessa distorção do papel do consumo em nossas vidas gera uma posterior decepção e sensação de impotência diante do descontrole no momento da decisão de compra. Logo, inicia-se um intenso ciclo de “prazer-luto”.


A origem da compulsão por compras, ou seja, sua etiologia, ainda não é conhecida com exatidão. Contudo, a literatura médica especializada relaciona a doença a alguns fatores:


· A origem do paciente (familiar e genética): Um estudo bastante aprofundado sobre o tema (“Clinical Manual of Impulse-Control Disorders”), desenvolvido pelos pesquisadores Eric Hollander e Dan Stein, da universidade norte-americana Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, revelou que famílias de compradores compulsivos mostram maior tendência a desenvolver distúrbios como transtorno de humor, dependência química, disfunções alimentares e, é claro, compulsão por compras. Da mesma forma, eventos traumáticos na infância, como abuso sexual, também podem desencadear Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC). Há outros estudos que relacionam, ainda, compras compulsivas e seu comportamento autoindulgente à desregulação da neurotransmissão de dopamina e serotonina.

· O estado subjetivo (afetividade e alinhamento emocional): No campo das emoções, há entendimentos que ligam compulsão à identidade frágil e baixa autoestima. O ato de adquirir bens e serviços desenfreadamente pode ser uma ferramenta transitória para lidar com sentimentos negativos (como rejeição), ou mesmo para auxiliar na construção de uma identidade influenciada pelo ideal de ostentação. Em alguns casos peculiares, momentos de dificuldades financeiras podem levar o comprador a se jogar em uma espécie de roleta russa comercial com o pensamento de “já que estou endividado, vou ao menos comprar tudo que quero”. Há também situações de motivação involuntária em buscar o afeto de outras pessoas por meio de presentes. Não raras vezes esse descontrole no consumo vem acompanhado de ansiedade e depressão, embora algumas pesquisas acadêmicas recentes indiquem fraca correlação entre os dois sintomas e a oniomania.

· O meio que o cerca (sociedade e cultura): Como você pode imaginar, a cultura do consumo pode estar também na origem do Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC) de algumas pessoas. O modo com que um indivíduo enxerga sua relação com o dinheiro é que vai nortear seu uso. O problema é que essa concepção particular costuma vir impregnada de referências externas, como a visão social da compra como símbolo de poder. Essa mentalidade presente no inconsciente coletivo estimula o sentimento de aproveitar a vida com foco apenas no instante — mesmo que não se tenha recursos disponíveis para isso. Com as abundantes ofertas de financiamento, há um desestímulo à poupança e ao investimento, na medida em que se entende erroneamente que é possível ter as mesmas coisas sem a dedicação e o sacrifício de espera.


Todas essas questões estão no centro da problemática do comprar compulsivo e dificultam a disciplina financeira. Se você não sabe como parar de comprar compulsivamente e se identifica minimamente com alguma das características apontadas acima, pode ser que esteja ali a origem de seu impulso incontrolável, a ponto de o problema estar fora de controle e impactar negativamente a sua saúde mental.


Existem muitas formas de como lidar com o Transtorno do Comprar Compulsivo – TCC, também conhecida por “oniomania, como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua situação financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da situação financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar e impedir que a situação assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para essa situação.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a situação, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a situação ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar a situação ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para essa situação é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem certa sensibilidade em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem esse transtorno, procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Esse acompanhamento irá de ajudar a encontrar uma nova forma de entender o processo interior, emocional e psicológico da pessoa e oferecer novas ferramentas para a resolução do problema, sendo possível viver longe das dívidas, ter uma vida financeira saudável e controlada. Também possibilita refazer as relações sociais. Quanto mais cedo o endividamento compulsivo for diagnosticado maior será a chance de reabilitação e cura.

O objetivo de todas essas ações é ressignificar a relação gratificação-recompensa, canalizando em outras direções a busca do prazer de viver, no intuito de promover a felicidade distante da constante necessidade de fazer compras.

Interessante né pessoal?! Entendendo os principais sinais de que uma pode ser um devedor compulsivo e o Transtorno do Comprar Compulsivo – TCC, também conhecida por “oniomania, suas causas e consequências, fica mais fácil cuidar da sua saúde financeira, não é mesmo?!






Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro







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