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Entenda a Crometofobia – Medo de gastar dinheiro

A crometofobia ou crematofobia é uma das mais intrigantes fobias existentes. Para boa parte das pessoas, é difícil acreditar que a aversão ao dinheiro é um problema real. Ainda assim, ela existe.

Da infância à vida adulta, somos estimulados a perseguir o dinheiro. Afinal, é o objeto de sobrevivência humano mais popular, que nos permite comprar coisas essenciais à nossa existência, como comida, e manter um padrão de vida.

Contudo, existem aqueles que temem o dinheiro. Não entenda mal, todos temos receio de gastar mais do que devemos, fazer uma negociação precipitada ou das dívidas em geral. Mas, para quem sofre com a crometofobia, o simples gesto de tocar em uma moeda ou pensar em questões financeiras é um tormento.



As "fobias específicas", são definidas pela OMS - Organização Mundial da Saúde, como "medo ou ansiedade acentuada e excessiva que ocorre constantemente ao se expor ou antecipar a exposição a um ou mais objetos ou situações específicas (por exemplo, proximidade de certos animais, voar de avião, altura, confinamento em espaços, visão de sangue ou ferimentos) que é desproporcional ao perigo real." Os sintomas, devem persistir por vários meses e ser suficientemente graves para causar "uma deterioração significativa nas relações pessoais, familiares, sociais, educacionais, de trabalho ou em outras áreas importantes do funcionamento".

As causas das chamadas fobias específicas podem ser muito variadas. Experiências negativas: Muitas fobias aparecem como consequência de uma experiência negativa ou de um ataque de pânico relacionado a um objeto ou situação específica. Causas genéticas e ambientais: Pode haver uma ligação entre a fobia específica e uma fobia ou ansiedade dos pais do indivíduo, ou seja, houve uma ligação devido a fatores genéticos ou um comportamento aprendido. Função cerebral: Mudanças na atividade cerebral também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de fobias específicas.

A cromatofobia é o medo extremo e irracional do dinheiro e pode contemplar diferentes tipos de aversão ao dinheiro, como a de gastá-lo, pensar nele ou tocar em moedas, notas ou qualquer outro objeto associado.

Os sintomas da cromatofobia são variáveis tanto em característica quanto em intensidade, como:

Hesitação extrema a pensar ou falar sobre o dinheiro: Em níveis controláveis, é possível que boa parte das pessoas sofra com a cromatofobia. Por exemplo, quando é identificada a relutância em conversar ou pensar sobre o dinheiro. Muitas vezes ela surge devido à pressão social e inabilidade da pessoa de lidar com responsabilidades associadas a gastos do cartão de crédito, poupança ou investimentos, por exemplo. A simples necessidade da administração pode se tornar um incômodo, assim como a menção aos assuntos financeiros pode afastar a pessoa cromatofóbica. De maneira similar, períodos de alta intensidade de movimentação financeira, como o início do mês, costumam ser desagradáveis.

Ausência em atividades casuais: Muitos transtornos associados à ansiedade fazem com que a pessoa evite atividades sociais. No entanto, quando as justificativas têm relação com o dinheiro, podem ser sintomas de cromatofobia. Isso acontece, por exemplo, quando alguém passa a evitar situações de que geralmente gosta para não gastar dinheiro.

Contagem compulsiva do dinheiro ou checagem abusiva do saldo: Outro sintoma comum da cromatofobia é a preocupação extrema com a auditoria pessoal das finanças. Ele se manifesta quando uma pessoa confere as notas da carteira, conta as moedas do cofre ou simplesmente checa com muita frequência o saldo da conta ou o extrato bancário, por exemplo.

Incapacidade de tocar objetos associados ao dinheiro: Em níveis mais extremos, a cromatofobia pode levar a pessoa que está com a fobia a uma total repulsa a objetos comumente associados ao dinheiro, como: Notas, moedas, cartões de crédito, ouro, maquininhas de cartão. Em casos mais graves, é possível que a aversão alcance até mesmo aplicativos de celular ou websites que remetem a bancos ou instituições financeiras.

Preocupação excessiva ou precoce com finanças: Quando uma pessoa se aflige excessivamente com a gestão financeira, mesmo quando a questão está sob controle, pode ser que ela sofra de cromatofobia. Isso também ocorre em ocasiões em que a ansiedade fala mais alto. Por exemplo, ao se preocupar precocemente com contas que nem sequer chegaram. Essa circunstância é muito comum em períodos como o começo do mês ou o início do ano.

A cromatofobia é uma curiosa fobia quando em níveis controláveis. Mas, quando excessiva, pode gerar muitos transtornos a quem a possui, que pode perder o controle das finanças, deixar de aproveitar bons momentos por medo de lidar com o dinheiro ou até mesmo ter problemas mais graves como a ansiedade e a depressão.

Gastar dinheiro, em tese, deveria ser uma fonte de satisfação. Afinal, ter dinheiro para gastar é melhor do que não ter dinheiro, certo?

Mas há muitas questões psicológicas envolvidas nesse processo que podem arruinar a experiência mesmo para quem não tem dificuldades financeiras.

Há pessoas que gastam compulsivamente e depois não conseguem pagar as contas. Mas há também aqueles que preferem não gastar. Entre eles, os que viveram na pobreza e que, quando passam a ter a possibilidade de gastar porque sua situação melhorou, se restringem às coisas mais básicas por medo de cair na pobreza novamente.

Há outros que não gastam simplesmente por ganância, preferem acumular riqueza e levar o dinheiro para a sepultura.

E há os que simplesmente têm um grande receio de gastar dinheiro. E quando esse receio começa a interferir no desenvolvimento normal da vida, é possível que seja por causa de uma condição rara chamada crometofobia, que é o medo extremo de gastar dinheiro, caracterizada por uma fobia, que algumas pessoas desenvolvem um medo desproporcional de gastar dinheiro. Se é clinicamente uma fobia ou não, pode ser discutido, mas a angústia que essas pessoas experimentam afeta várias dimensões de suas vidas.

As "fobias específicas", são definidas pela OMS - Organização Mundial da Saúde, como "medo ou ansiedade acentuada e excessiva que ocorre constantemente ao se expor ou antecipar a exposição a um ou mais objetos ou situações específicas (por exemplo, proximidade de certos animais, voar de avião, altura, confinamento em espaços, visão de sangue ou ferimentos) que é desproporcional ao perigo real." Os sintomas, devem persistir por vários meses e ser suficientemente graves para causar "uma deterioração significativa nas relações pessoais, familiares, sociais, educacionais, de trabalho ou em outras áreas importantes do funcionamento".

As causas das chamadas fobias específicas podem ser muito variadas. Experiências negativas: Muitas fobias aparecem como consequência de uma experiência negativa ou de um ataque de pânico relacionado a um objeto ou situação específica. Causas genéticas e ambientais: Pode haver uma ligação entre a fobia específica e uma fobia ou ansiedade dos pais do indivíduo, ou seja, houve uma ligação devido a fatores genéticos ou um comportamento aprendido. Função cerebral: Mudanças na atividade cerebral também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de fobias específicas.

Há muitas questões emocionais relacionadas a gastar dinheiro, o medo de gastar dinheiro pode levar as pessoas a desenvolver comportamentos como não pagar contas ou não comprar coisas básicas.

Uma pessoa com medo de gastar dinheiro pode não apenas sentir ansiedade, depressão ou pensamentos suicidas, acrescenta, mas também desenvolver problemas em seus relacionamentos sociais.

Alguns se envergonham de suas dívidas e preferem se isolar, ou descartar despesas, mesmo as mais básicas, o que os leva a evitar encontros sociais e a não praticar atividades de que gostam.

O problema pode afetar o sono, a saúde e o humor. E dependendo da gravidade, pode levar a diversos transtornos de ansiedade. É uma espiral de pensamentos negativos.

Há diversos transtornos que podem estar associados ao medo de gastar, geralmente acontecem coisas como: Constantemente verificar sua conta bancária com medo do que pode encontrar. Se tem dinheiro na carteira, também fica obcecado em verificar constantemente se ele está lá. Ao mesmo tempo, não suporta falar sobre dinheiro ou ouvir outras pessoas falando sobre o assunto. Pagar qualquer coisa deixa a pessoa ansiosa, mesmo quando é algo realmente necessário, como colocar gasolina no carro. Geralmente essas pessoas começam a não pagar as contas para não gastar dinheiro, a maioria adoece, e caem em um buraco cada vez mais profundo.

Uma fobia específica de gastar dinheiro "é muito rara”, provavelmente pode ocorrer em associação com outros transtornos de ansiedade, ou em conjunto com outras fobias. É por isso que é importante descobrir se estamos realmente enfrentando um caso de fobia de dinheiro ou se há algo mais por trás disso, algo mais profundo. Por exemplo, isso pode ocorrer como resultado de um incidente traumático do qual a pessoa pode ou não se lembrar.

No âmbito fisiológico, a pessoa que tem aversão a gastar dinheiro pode, quando confrontada com a situação, apresentar sintomas como falta de ar, taquicardia, aumento da pressão arterial, suores, náuseas, dores musculares ou diarreia.

No aspecto cognitivo, pode desenvolver pensamentos negativos ou ideias irracionais sobre dinheiro — e se sente impotente para controlá-las.

E do ponto de vista comportamental, a pessoa tende a evitar o estímulo fóbico (no caso o dinheiro) de todas as maneiras possíveis.

Esses tipos de sintomas se repetem nos diferentes tipos de fobia com maior ou menor intensidade.


Existem muitos nomes conhecidos dados para as pessoas que são extremamente apegadas ao dinheiro, como:


Mão de Vaca: É uma expressão popular usada para designar um indivíduo que não gosta de gastar dinheiro, que é mesquinho, pão duro, sovina. O "mão de vaca" é aquele que se priva de tudo para poder economizar seu dinheiro. O "mão de vaca" não gosta de partilhar os gastos e espera sempre que o outro pague a conta. A expressão "mão de vaca" tem o mesmo significado das expressões mão fechada, unha de fome, pão duro, migalheiro, entre outros. A pessoa que é chamada de "mão de vaca", nem sempre é alguém que não tenha dinheiro, muito pelo contrário, muitas vezes são indivíduos que possuem muitas posses, mas simplesmente não gostam de gastar.

Avarento significa mesquinho, miserável, sovina, que não é generoso, que não faz caridade. É aquele que é sordidamente apegado ao dinheiro. Avarento é um adjetivo que qualifica aquele indivíduo que tem avareza, ou seja, que tem apego demasiado ao dinheiro, que tem o desejo ardente de acumular riqueza. O indivíduo avarento recebe vários adjetivos, entre eles algumas expressões populares, nas diversas partes do Brasil, entre eles: avaro, casquinha, chifre de cabra, esganado, fuinha, gaveteiro, mão de finado, mão de leitão, mão de vaca, mãos atadas, migalheiro, muquirana, pão duro, sórdido, sovina, tacanho, tranca, vinagre e etc. Avarento é também uma adjetivação usada para o indivíduo ciumento, que não gosta de dividir nada que lhe pertence.

Usurento: A usura é o termo utilizado para se referir a cobrança de taxas superiores ao limite máximo permitido. Usura também tem outros significados, como para se referir a um indivíduo mesquinho, ou a avareza e agiotas. Pode também ser sinônimo para ambição, ganância e cobiça, ou lucro em demasia.

Muquirana: Em sentido figurado, muquirana tem um significado pejorativo, porque designa uma pessoa sovina, avarenta, pão duro e unha-de-fome. Uma pessoa muquirana também pode ser uma pessoa chata, desagradável, que não é boa companhia para ninguém. As pessoas mais muquiranas são indivíduos extremamente apegados ao dinheiro que poupam das formas mais absurdas.

Miserável: Miséria significa também a mesquinharia, avareza, que é o apego ao dinheiro, à valorização demasiada dos bens materiais. Miséria é também uma porção diminuta de qualquer coisa, uma ninharia, uma bagatela, Ex: Os empregados recebem uma miséria. Miséria significa mendicância, estado de penúria. É uma expressão usada quando pertinente à falta de necessidades básicas para a sobrevivência.

Ávido: É um adjetivo na língua portuguesa, referente ao que se deseja com muita intensidade, ou seja, uma vontade extremamente forte de conquistar, ganhar ou fazer algo. O termo ávido ainda pode definir um indivíduo que têm o hábito de guardar dinheiro, de maneira mesquinha; uma pessoa que sente prazer ou "paixão" em guardar dinheiro, sendo conhecido também por "mão de vaca".

Mãos atadas: A expressão "mãos atadas" é também usada para dizer que um indivíduo é sovina, mão fechada, que não gosta de pagar a conta, é avarento, que é uma pessoa que não gosta de gastar dinheiro, que economiza tudo que pode, e geralmente o que têm não gasta com bobagens.


De fato, existem muitas diferenças entre as pessoas que são “muito apegadas ao dinheiro” conforme citado acima, e as pessoas que tem a crometofobia.

Uma pessoa com a cromofobia precisa primeiramente admitir, que o que está acontecendo com ela não é algo normal. E depois, entender que se existe o medo excessivo de gastar dinheiro, ele precisa ser tratado.


Existem diversas maneiras de tratar a crometofobia como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua fobia financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da fobia financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar o medo e impedir que ele assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para as fobias.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a fobia, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a fobia ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar seus medos ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para fobias de todos os tipos é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo fóbico é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem medo em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa fóbica a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem a crometofobia, procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Interessante né pessoal?! Entendendo a crometofobia, fica mais fácil cuidar da sua saúde financeira, não é mesmo?!




Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro






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