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Entenda a Peniafobia – Medo de ficar pobre

Um dos maiores medos medo das pessoas é a miséria. Ninguém quer ser pobre. A pobreza é a incapacidade de suprir as necessidades mais simples da vida cotidiana. Como, por exemplo, alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Em outras palavras, é a carência dos bens e serviços essenciais.

De fato, todas as (ou pelo menos a maioria das) pessoas que têm algum patrimônio e bens têm medo de “perderem tudo”. Isso vale não apenas para pessoas ricas, mas também para pessoas de classe média e baixa, que batalharam por suas coisas e hoje têm algum conforto material na vida (ainda que limitado).

Isso mostra que o medo de perder tudo aquilo que temos é real, plausível e, ocasionalmente, acontece, especialmente em momentos de grandes convulsões sociais e econômicas.

Porém, como em todos os medos, existe uma escala que vai do racional ao irracional. O medo da pobreza, quando ainda está na região de “racionalidade”, nos leva a tomar medidas de gerenciamento de riscos altamente razoáveis e recomendáveis, como economizar, ter reservas de emergências, diversificar os investimentos e investir em habilidades com valor econômico (para assegurar a empregabilidade).

Podemos dizer que um medo é racional quando o evento que tememos é plausível (ainda que pouco provável) e ele nos leva a tomar medidas que são, efetivamente, para nos proteger. Ou seja, é um medo “útil”, que faz com que você não se exponha a riscos demasiados.

Agora, quando um medo vai para o lado da irracionalidade, ele se torna uma “fobia”. E esse é o caso da peniafobia. Ela não é apenas aquele medo (racional e justificável) que faz com que você queira zelar pelo seu dinheiro. É um medo irracional e doentio, que pode “travar” a sua vida.

As "fobias específicas", são definidas pela OMS - Organização Mundial da Saúde, como "medo ou ansiedade acentuada e excessiva que ocorre constantemente ao se expor ou antecipar a exposição a um ou mais objetos ou situações específicas (por exemplo, proximidade de certos animais, voar de avião, altura, confinamento em espaços, visão de sangue ou ferimentos) que é desproporcional ao perigo real." Os sintomas, devem persistir por vários meses e ser suficientemente graves para causar "uma deterioração significativa nas relações pessoais, familiares, sociais, educacionais, de trabalho ou em outras áreas importantes do funcionamento".

As causas das chamadas fobias específicas podem ser muito variadas. Experiências negativas: Muitas fobias aparecem como consequência de uma experiência negativa ou de um ataque de pânico relacionado a um objeto ou situação específica. Causas genéticas e ambientais: Pode haver uma ligação entre a fobia específica e uma fobia ou ansiedade dos pais do indivíduo, ou seja, houve uma ligação devido a fatores genéticos ou um comportamento aprendido. Função cerebral: Mudanças na atividade cerebral também podem desempenhar um papel no desenvolvimento de fobias específicas.








A Peniafobia é caracterizada pelo medo irracional da pobreza ou de ficar pobre. Quem sofre dessa fobia não consegue imaginar sua vida numa condição de pobreza e se sente extremamente incomodado em passar perto de locais com pobreza e miséria, como favelas e guetos.

A peniafobia resulta em sintomas físicos nos pacientes, como tremores, suor frio, dor de cabeça, náuseas, tonturas, síndrome do pânico e batimentos cardíacos acelerados, podendo prejudicar o desenvolvimento pessoal e profissional do paciente.

A peniafobia é associada a um famoso viés cognitivo: a Teoria da Perspectiva (ou Prospect Theory, no original), que é muito estudada em Economia Comportamental.

A Teoria da Perspectiva diz que interpretamos situações iguais de formas diferentes, se elas forem apresentadas em perspectivas de ganhos ou perdas (daí o nome “perspectiva”). Pode ser explicada, de forma grosseira, como o “efeito do copo meio cheio ou meio vazio”. A mesma coisa pode ser vista de forma positiva ou negativa, conforme ela lhe é apresentada. Ela mostra é que os seres humanos têm uma aversão natural e acentuada a perdas, que os leva a tomar atitudes irracionais. A peniafobia pode, então, ser associada a casos extremos de aversão a perdas, em que a pessoa enfrenta grande desconforto emocional só de “pensar” em ter uma perda, ainda que pequena.

A peniafobia também pode ser associada a alguns transtornos mentais, como a ansiedade generalizada ou o transtorno de acumulação compulsiva.

É possível acreditar que qualquer pessoa mentalmente saudável, e que tenha algum patrimônio, tem medo de ficar pobre.

Porém, as pessoas que sofrem de peniafobia (que é o medo irracional de ficarem pobres) são, na maioria dos casos, pessoas que passaram por experiências traumáticas de privação material.

Casos típicos são pessoas que viveram infâncias muito pobres e depois enriqueceram. Ou, então, pessoas que tinham uma situação material confortável, “quebraram” e, posteriormente, conseguiram se recuperar.

Outro caso comum é de pessoas que enriquecem muito rapidamente e de forma inesperada, e ficam, em suas mentes, prisioneiras daquela ideia de “o que vem fácil, vai fácil” (como se existisse “dinheiro fácil”).

Porém, existem pessoas que nunca estiveram sequer próximas de uma situação de privação material, mas, ainda assim, têm um medo doentio e irracional de perderem tudo.

O maior sintoma, para quem sofre, é a angústia. Neste ponto, podemos dizer que os sintomas são muito similares aos da ansiedade generalizada, porém, com um foco maior no dinheiro e nas coisas materiais.

Dos sintomas “externos” e visíveis para quem convive com alguém com peniafobia, está aquilo que, popularmente, classificamos como “avareza”, “mesquinharia” ou “pão-durismo”.

Ou seja, se você vê uma pessoa que vive em um padrão de vida muito abaixo de suas possibilidades e que não empresta dinheiro para ninguém, antes de sair julgando isso como uma “falha de caráter”, considere que pode ser um distúrbio mental.

As pessoas que sofrem de peniafobia, tipicamente, vivem “muito” abaixo de suas reais possibilidades. A pessoa se sujeita, muitas vezes, a uma vida miserável, sem qualquer tipo de prazer ou indulgência, como se estivesse “se punindo”. Porém, o objetivo não é, claramente, se punir, e sim poupar dinheiro. O medo irracional de ficar pobre acaba fazendo com que a pessoa viva, de fato, como uma pessoa pobre.

Outro sintoma é a acumulação compulsiva de objetos, na crença de que a pessoa “pode precisar daquilo no futuro”. Por isso, o estilo de vida de um peniofóbico sequer pode ser comparado com o daquela pessoa que é minimalista por opção, que procura, deliberadamente, ter poucas coisas e objetos. O peniofóbico é, frequentemente, um acumulador de tranqueiras.

Algumas pessoas ricas constroem suas imagens públicas (e pessoais) indo para extremos. Tem aquelas que partem para a ostentação aberta e aqueles que vão para a linha “super frugal”.

A sociedade tem uma visão curiosa sobre essas pessoas que pegam esses caminhos extremos: Os ostentadores, que são os adeptos do exibicionismo e do consumo conspícuo, são aquelas pessoas que o povo “ama odiar”. Todo mundo diz que não gosta de ostentação, que acha o exibicionismo uma coisa “ridícula”. Mas os perfis das celebridades e subcelebridades nas mídias sociais nos contam outra história (sim, são “os outros” que seguem eles – nunca nós mesmos).

Já os “milionários frugais” costumam despertar mais simpatia social (apesar de alguns serem atacados, supostamente, por avareza). Muitos milionários (e alguns bilionários) investem nessa imagem de pessoa frugal e desprendida para passar, publicamente, aquela imagem simpática de “gente como a gente”.

Porém, algumas dessas pessoas muito ricas e frugais podem ser, de fato, peniafóbicas, com medo visceral de perderem tudo e vivendo uma vida que beira o autoflagelo. Ou seja: nem sempre a imagem do rico frugal é, apenas, um “teatro”.

Uma pessoa com a peniafobia precisa primeiramente admitir, que o que está acontecendo com ela não é algo normal. E depois, entender que se existe o medo excessivo de perder todo o seu dinheiro, ele precisa ser tratado.


Existem diversas maneiras de tratar a peniafobia como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua situação financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da situação financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar e impedir que a situação assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para essa situação.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a situação, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a situação ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar a situação ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para essa situação é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem certa sensibilidade em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem a peniafobia, procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Bacana né pessoal?! Entendendo a peniafobia, fica mais fácil cuidar da sua saúde financeira, não é mesmo?!





Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro








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