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Entenda o que são distúrbios financeiros e como identificá-los

Pode ser que a relação de muitas pessoas com o dinheiro tenha alguns altos e baixos. Haverá meses em que vive de uma forma mais desafogada e outros em que não tem mãos a medir para tantas preocupações. Chegar ao fim do mês com uma conta bancária menos recheada do que planeava, ou, quem sabe, estremecer ao pensar que vai ter uma conta para pagar e não sabe bem como encaixá-la no orçamento familiar. Nesse caso, estamos falando de problemas financeiros que se resolve com o controle e planejamento financeiro.

No entanto, quando as situações acima e outras são recorrentes, podem esconder distúrbios financeiros mais graves, sendo essencial aprender a ler os sinais e a quebrar com o ciclo vicioso. Daí, a importância em compreender quais são os efeitos dessas atitudes impensadas e que necessitam de mais atenção do que um simples cuidado com gastos supérfluos.






O distúrbio é uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o funcionamento de algo em sua rotina, e geralmente tem origem de fácil identificação. Essa perturbação pode interromper ou afetar o desenvolvimento neurológico, o hábito alimentar, a interação social e anormalidades físicas.

Os distúrbios que causam problemas ou atrasam a maturação as funções do Sistema Nervoso Central - SNC, geralmente são identificados na infância e persistem na vida adulta comprometendo a habilidade intelectual. Outros podem surgir posteriormente e causar “perturbação” na capacidade de condução das atividades do dia a dia do indivíduo.

Os distúrbios financeiros vão além da falta de planejamento com a sua renda, é algo bastante sério, são retratados como padrões crônicos, consistentes e autodestrutivos com relação ao dinheiro e que não conseguimos evitar e traduzem-se numa incapacidade de distinguir comportamentos razoáveis.

Em geral, são atitudes autodestrutivas que causam efeitos físicos e psicológicos nas pessoas, como o estresse, o sofrimento emocional ou mesmo os conflitos com entes queridos por qualquer coisa, nessas situações, as pessoas costumam repetir caminhos sem saída, que não ajudam a desenvolvê-las e que podem prejudicar todo o seu âmbito particular no dia a dia, inclusive, na rotina corporativa. Quem lida com este tipo de desordem vê-se frequentemente em situações muito vulneráveis, com consequências graves para a sua saúde.

Podem manifestar-se de diferentes maneiras, desde uma compulsão para gastar, a uma necessidade incontrolável de guardar o que tem, nem que isso implique parar de comer.


No geral, os distúrbios financeiros se revelam diante de circunstâncias variadas, como:


· desequilíbrio familiar;

· fragilidade emocional;

· empreitadas financeiras frustradas;

· experiências traumáticas na infância;

· uma combinação dos fatores acima citados.


E outras questões que também podem influenciar no desenvolvimento desse tipo de distúrbio. Isso porque, a presença de um fator não exclui a relevância de outro no surgimento dessas ações danosas.

Daí, inclusive, o autoconhecimento é tão recomendado. Por meio dele, as pessoas entendem melhor as suas ações e reações, o que influencia também em mais clareza para absorver as atitudes e decisões tomadas.

Distinguir um problema de dinheiro de um distúrbio financeiro mais grave nem sempre é fácil e, na maior parte das vezes, são os amigos e familiares os primeiros a darem-se conta da situação. Assim, saber reconhecer os sinais de alerta é o primeiro passo para tomar consciência de que existe um distúrbio financeiro e pedir ajuda.


Conheça abaixo alguns sinais dos distúrbios financeiros:


· Perda ou aumento repentino de peso: Engordar ou emagrecer de repente e sem motivo aparente, dificuldade em dormir ou fadiga, são alguns sintomas de stress que podem ser suscitados por um distúrbio financeiro.

· Mudança radical de hábitos financeiros: Se nota que um amigo começou a gastar freneticamente ou simplesmente deixou de aceitar qualquer convite que implique gastar uma moeda num café, tome atenção, porque pode haver algo por detrás dessa nova atitude.

· Depressão: Os distúrbios financeiros podem manifestar-se como outros problemas de saúde mental, seja ansiedade ou depressão. Se nota em si ou em alguém próximo uma apatia, irritação ou nervosismo fora do habitual, procure perceber a origem.

· Quem convive com esse problema financeiro tende a degringolar para uma série de atitudes impensadas, como: desespero constante sobre sua situação financeira — sem fazer nada a respeito para mudá-la; ausência de uma reserva financeira de emergência; acúmulo de dívidas; conflitos com amigos e familiares sobre dinheiro; dificuldade em mudar seus hábitos financeiros; uso de soluções custosas para livrar-se dos débitos, como o cheque especial ou mesmo agiotas; falência.


Conheça 09 tipos de distúrbios financeiros mais comuns:


1. Gasto compulsivo: É um dos mais comuns distúrbios financeiros e acontece quando a compra de algo (ou seja, o ato de gastar dinheiro) faz com que o seu cérebro liberte endorfina e lhe traga uma sensação de satisfação e prazer. Geralmente, os compradores compulsivos arrependem-se dos gastos no momento em que se deparam com o estrago causado no orçamento, mas recuperam desse arrependimento voltando a procurar aquilo que os faz sentir bem: compras.


2. Acumulação: Há quem acumule o próprio dinheiro, por se sentir bem a vê-lo crescer, e há quem acumule objetos. Neste último caso, que é mais fácil de detectar, os objetos tendem a parecer inúteis ou desnecessários a qualquer pessoa menos o detentor. É também possível que o acumulador junte ao seu distúrbio alguns comportamentos de compra compulsiva, porque quer acumular sempre mais independentemente dos problemas de dinheiro que isso lhe possa trazer.


3. Vício do trabalho: Talvez nunca tenha pensado nisto, mas um workaholic pode sê-lo não por gostar de trabalhar, mas porque é ansioso com o dinheiro e acha que nunca tem o suficiente para se sentir seguro, obrigando-se a trabalhar sempre mais para poder juntar mais algum. Nestes casos não há problemas de dinheiro visíveis, mas manifesta-se o desequilíbrio entre a vida profissional e a familiar.


4. Vício do jogo: Jogadores frequentes que não conseguem saber quando parar acabam quase sempre embrulhados em problemas de dinheiro. Gastam o que têm e o que não têm porque o mistério (será que ganham, será que perdem), misturado com alguma fé (“desta vez é que é!”), os impede de parar.


5. Infidelidade financeira: Casais em que um elemento esconde informação financeira do outro estão a braços com problemas de dinheiro, mas também de confiança. Acontece quando um dos elementos não consegue confiar no outro para gerir as finanças dos dois e, por isso, fica “agarrado” a uma parte do património porque só assim sente que ela está segura.


6. Permissividade financeira: É a incapacidade de dizer “não” quando alguém lhe pede dinheiro. Acontece quando, por exemplo, os pais cedem repetidamente aos pedidos dos filhos ou quando empresta dinheiro a um familiar sempre que este está em apuros. Este distúrbio prejudica não só quem dá, uma vez que acumula responsabilidades (e muitas vezes dívidas) que não são suas, mas também quem recebe, tornando-se financeiramente dependente e incapaz de aprender a gerir o seu dinheiro de forma autónoma.


7. Dependência financeira: Muitas vezes os problemas de dinheiro das pessoas resumem-se ao facto de dependerem do suporte financeiro de alguém. Esta dependência cria ansiedade e desilusão com uma vida que não sentem estar totalmente em controlo, e pode levar a cenários de depressão.


8. Incesto financeiro: Acontece quando os adultos envolvem crianças nos processos financeiros para escaparem à responsabilização. Um exemplo é quando os pais, sabendo que a chamada que estão a receber é do banco, pedem às crianças para atenderem o telefone e também quando os pais inventam desculpas e pedem as crianças para dar os recados aos cobradores que tocam a campainha.


9. Negação financeira: Este problema surge quando já não consegue sequer enfrentar os seus problemas de dinheiro. Se não atende o telefone aos credores ou não olha para o extrato bancário para não ter de ver o saldo, por exemplo, está em negação financeira e precisa de ajuda.


A solução para o problema parte da ideia que consiste em admitir o problema financeiro e a sua relação danosa com o dinheiro. Em seguida, fica mais fácil avaliar os caminhos mais frutíferos para enterrar de vez os distúrbios financeiros dos seus comportamentos e atitudes.

Com o tempo, os distúrbios financeiros são substituídos por boas práticas que valorizam mais a sua relação com outras pessoas e também com o seu futuro. Uma maneira de focar, exclusivamente, em garantir um presente e um amanhã mais prósperos e livres de imprevistos.

Existem muitas formas de como lidar com os distúrbios financeiros, como:


· Recomenda-se iniciar procurando a ajuda de aconselhamento financeiro, com a consultoria financeira. Especialistas em educação financeira e finanças são profissionais formados e experientes na área financeira, altamente capazes de ajudar as pessoas a organizar e controlar as suas finanças e também a traçar estratégias para planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos. A educação financeira, mudança de mentalidade, hábitos e comportamentos o ajudará a lidar com sua situação financeira e existem muitos métodos eficazes para esse processo, por intermédio da consultoria financeira pessoal. Em diversos casos, muitas pessoas nos estágios iniciais da situação financeira, tem resultados positivos com o controle financeiro, pois o ato de começar a cuidar das finanças pode ajudar a impedir que a situação se deteriore, começando a recuperar o controle de suas finanças, lutando contra seus desejos de ignorar o problema, enfrentando quaisquer causas subjacentes, como a dívida e falência por exemplo.

· Praticar técnicas de relaxamento para aprender a controlar e impedir que a situação assuma o controle.

· As práticas integrativas e complementares de saúde – PICS, são formas eficazes de tratamento para essa situação.

· A terapia é uma opção que pode descobrir uma causa anteriormente desconhecida para a situação, ou uma origem inconsciente profundamente enterrada que pode ser tratada.

· É recomendado também a terapia em grupos de apoio financeiros, como acontece como os alcoólicos anônimos e dependentes de drogas. Os grupos de apoio financeiros, ajudam muito as pessoas a cuidarem de qualquer assunto relacionado a problemas e situações financeiras que afetam a saúde financeira.

· A hipnoterapia, regressão e hipnose é usada para encontrar uma razão para a situação ou modificar os sentimentos da pessoa em relação ao objeto temido, ajudando o doente a enfrentar a situação ou qualquer número de outras aplicações.

· Um tratamento bem conhecido para essa situação é chamado de terapia de exposição, um método no qual o indivíduo é lenta e gradualmente exposto ao cenário de que tem certa sensibilidade em uma situação controlada. Com o tempo, isso ajuda a pessoa a desenvolver uma tolerância e a se tornar insensível a uma situação que normalmente seria intensamente estressante.

· A medicação pode ser usada para controlar a ansiedade severa e ajudar o indivíduo a viver uma vida diária mais normal. Na maioria das vezes, porém, os medicamentos servem apenas para encobrir os sintomas e não ajudam a controlar o próprio medo subjacente.

Recomenda-se que quem tem distúrbios financeiros, procure uma ajuda especializada com profissionais formados e experientes como psicólogos, terapeutas e psiquiatras e faça um tratamento.


Interessante né pessoal?! Entendendo os distúrbios financeiros, fica mais fácil cuidar da sua saúde financeira, não é mesmo?!





Esperamos que você tenha gostado das nossas dicas!

Atenciosamente,

Equipe do Box Financeiro







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